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Viagem à Polónia – Katowice PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

Entre os dias 15 e 19 deOutubro de 2009, uma delegação da Escola Básica Integrada Monsenhor Elísio Araújo deslocou-se a Katowice, Polónia, situada na região da Silésia, no âmbito do projecto Comenius, Diversity of Cultures in Common European Home.

Foi mais um momento, na sequência dos anteriormente sucedidos, em que se deu possibilidade a alunos e professores das escolas dos países envolvidos para trocarem experiências e viverem momentos culturais em que se dava a conhecer a diversidade cultural de cada país, na expectativa de compreender as diferenças culturais existentes e construir uma identidade comum baseada no respeito pela diversidade. A integração dos alunos num ambiente familiar local é uma experiência única para, a partir dela, conhecer in loco a realidade social e cultural de uma comunidade diferente. Para os professores envolvidos é também uma oportunidade para estreitar relações pessoais e profissionais com colegas de diversas escolas europeias, aprofundar o relativismo cultural, conhecer realidades educativas diversas eenriquecer conhecimentos culturais.

Esta experiência iniciou-se com uma viagem que durou mais de doze horas, entre Vila Verde e a cidade polaca de Katowice, com uma escala aérea em Frankfurt (Alemanha), envolvendo os alunos do 7º A Gonçalo Gama e Francisco Abreu, bem como os professores Cristina Marinheiro, Natália Araújo, Manuel Flores e Henrique Matos. A equipa inicial contava ainda com a participação do aluno Joaquim Vilas Boas, mas o inoportuno desaparecimento do Bilhete de Identidade impediu que este aluno seguisse viagem, o que acabou por ser o momento mais negativo desta experiência. Esta viagem assinalou ainda o baptismo de voo dos nossos alunos.

A chegada ao Aeroporto João Paulo II, de Balice, a onze quilómetros da cidade de Cracóvia, onde nos esperava uma temperaturapróximados 0 graus, com chuva e neve, foi a oportunidadepara o encontro com alunos e professores anfitriões, bem como com as representações das escolas da Lituânia, Espanha e Eslováquia que também tinham chegado a Cracóvia no decurso dodia 15de Outubro. Depois da viagem de autocarro de cerca de 80 quilómetros até à escola Gimnazjuim nrº 18, em Katowice, os alunos foram entregues às respectivas famílias de acolhimento que os esperavam e osprofessores concentravam-se no hotel Flora, onde se encontraram com a delegação romena e turca.

O primeiro dia de trabalhos decorreu nas instalações da Escola Gimnazjuim nrº 18.

A recepção decorreu no hall da escola com umapequena cerimóniade boas-vindas, com a oferta de pão e sal. As actividades previstas para amanhãdeste primeiro dia decorreram no ginásio da escola. Acerimóniainiciou-se com a audição dohino nacional da Polónia e do hino daUniãoEuropeia, a que se seguiram os discursos de boas-vindas da directora da escolaanfitriã e da professora coordenadorado projecto Comenius. A escola anfitriã apresentou pequenos números de música tradicional, bem como uma dramatização relativa ao trabalho nas minas da Silésia. De seguida as diversas delegações procederam à apresentação dos trabalhos que trouxeram preparados e que consistiram em pequenas dramatizações pelas quais se davam a conhecerlendas etradições dos respectivos países. A título exemplificativo, a escolaespanholaapresentou a lenda do rio Guadiana e a nossa escola apresentou a lenda de Deu-la-Deu Martins.

Asactividades demanhã terminaram com um almoço queenvolveu osprofessores da escola anfitriã e os professores dasrestantesdelegações. Os alunos das diferentesescolas, acompanhados pelos alunos dasfamílias deacolhimento, recolheram às suas casas.

No período datarde, os professores foram visitar a fábricade cervejaTiskie, uma das cervejeiras líder mundial de mercado.

O Sábado e oDomingo foram dedicados a actividades culturais para conhecer osmonumentos mais significativos da região. NoSábado, a alvorada deu-se por volta das seis horas damanhã, uma vez que o programa se previa serintenso.Deslocámo-nos a Cracóvia, a segunda maisimportante cidade do país,para conhecer o seu centrohistórico, considerado Património Mundialpela Unesco, em 1978, ah sua praça central e o mercado, ondealunos e professoresaproveitaram para comprar as primeirasrecordações da Polónia, bem como o Castelo Real de Wawel. Este castelo foi o centro políticopolaco desde o século XI até àtransferência da capital política do reino paraVarsóvia, por volta de 1610. Apartir de então, ocastelo de Wawel passou a ser utilizadocomo residência periódica dos monarcaspolacos, mastambém em cerimónias oficiais da monarquia, comocoroações efunerais. Durante aocupação nazi o castelo serviu deresidência ao governadoralemão, tendo, no entanto,muitos dos seus objectos, como as suas famosastapeçarias,sido retiradas e espalhadas por vários países, como o Canadá, paraassim escapar à rapinaalemã.

No decurso do passeiopela cidade houve oportunidade paraconhecer a casa onde nasceu NicolauCopérnico, importante astrónomo que em 1543 apresentou no seu livro De revolutionibus orbium coelestium a teoria heliocêntrica. Na mesma rua estava tambémsituada a residência do padre KarolWoytila entre 1951 e 1967,futuro papa João Paulo II, e hoje transformada emMuseu daArquidiocese.

Depois do almoço, dirigimo-nos para Wieliczka para visitar a sua famosa mina de sal, considerada também património mundial pela Unesco, eque esteve em exploração ininterrupta desde o século XI até 1996, sendo que há vestígios de exploração de sal desde o período neolítico. Este local é considerado como uma dos sítios turísticos mais visitados da Polónia. Ao longodos seus quase 300quilómetrosde túneis e a uma profundidade que vai dos60 aos 327 metrosfoipossível compreender não só o processode exploração do sal ao longo dostempos mastambém conhecer os elementos decorativos dos diferentesespaços,túneis e câmaras que foramsendo criados por força da extracçãodo sal, comosejam inúmeras estátuas querepresentavam o processo de extracção mineira,depersonalidades históricas e lendárias daPolónia, de figuras religiosas, mas também espaços sagrados como a famosa capela de Santa Kinga,situada a uma profundidade de cerca de 100 metros,onde toda a decoração, desde os altaresaoscandelabros, é em sal.

Depois de uma jornada bem intensa e muito proveitosa, do ponto de vista cultural e deconvívio entre alunos e  professores dos diferentes países, as delegações recolheram a Katowice para jantarem e descansarem, uma vez que o dia seguinte prometia igualmente ser ambicioso e cativante e que incluía, para um grupo de professores que se organizaram, uma visita ao tristemente célebre campo de concentração de Auschwitz.

Pela manhã de Domingo, em que mais uma vez o céu se encontrava coberto denuvens e com períodos de chuva fraca, dirigiu-se todaadelegação a Psczynia, localizado a cerca de 30quilómetrosdeKatowice para visitar o parque e palácio e museu local.

Durante operíodo da tarde, enquanto os alunos passavamo almoço e a tarde em convívio com as respectivasfamílias de acolhimento e ogrosso dos professores se dirigiuao Silésia Parque, moderno centro comercial de Katowice,cerca de 10 professores dirigiram-se a Auschwitz para visitar ocampo deconcentração alemão deAuschwitz-Birkenau, tristemente célebre pelamorte de,sensivelmente, 1,5 milhões de pessoas durante a II GuerraMundial. Foiuma altura de grande consternação, em virtude de se estar a visitar um local em que, em plenoséculo XX, foram cometidas das maiores barbaridades sobre um povo, levadas a cabo pelo estado de uma dascivilizações mais avançadas domundo.

Recebidos pelo lema que, com o maior dos cinismos, em cima o portão da entrada no campo, “O trabalho liberta” foi possível visitar os diversos pavilhões, nos quais se praticavam das maiores barbaridades, como as experiências genéticas do dr. Mengele; a dupla cerca de arame farpado electrificadas, que tornava praticamente impossível qualquer fuga, concretizada apenas por uma centena de prisioneiros; as diversas exposições que atestam os acontecimentos sumamente trágicos que se viveram entre 1940 e 1945; e, expoentedeste campo de horrores, as câmaras de gáse de incineração.

O fim da jornada emKatowice culminou com um jantar compratos típicos polacas,com grande animação e com aapresentação dos resultadosdos trabalhosefectuados.

O dia seguinte foi o deregresso. Iniciou-se a jornada porvolta das 5 horas e terminouà porta da escola por volta das 18.00 horas,cansados masentusiasmados com uma experiência inesquecível.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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